Greve dos Entregadores de Aplicativos - Breque dos Apps

Descubra tudo sobre a greve dos entregadores de aplicativos, também conhecida como breque dos apps.

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4/3/20252 min read

imagem de um motoboy entregador do ifood
imagem de um motoboy entregador do ifood

Nos últimos anos, tenho visto um movimento cada vez mais forte dos entregadores de aplicativos lutando por melhores condições de trabalho. Quem nunca pediu uma refeição pelo celular e recebeu seu pedido das mãos de um entregador que, muitas vezes, enfrenta trânsito, chuva e até longas jornadas para ganhar um valor que nem sempre compensa o esforço? Pois é, esses profissionais decidiram se unir e reivindicar melhorias, organizando diversas greves ao longo do tempo.

O Que Está Por Trás Das Greves?

As paralisações dos entregadores, conhecidas como "Breques dos Apps", não acontecem do nada. Eu acompanhei algumas dessas mobilizações e percebi que as principais reivindicações são bem justificadas. A maioria dos entregadores reclama da baixa remuneração, da falta de segurança no trabalho e da ausência de benefícios básicos, como seguro contra acidentes e auxílio para manutenção das motos e bicicletas.

Entre os pontos mais criticados, estão:

  • Baixa taxa mínima por entrega: Atualmente, o valor mínimo pago por corrida fica em torno de R$ 6,50, o que muitos consideram insuficiente para cobrir custos de combustível, manutenção e ainda garantir um lucro justo.

  • Pagamento por quilômetro rodado: Os entregadores querem um reajuste no valor pago por quilômetro percorrido, já que os custos operacionais aumentaram muito nos últimos anos.

  • Melhores condições de trabalho para ciclistas: Muitos entregadores usam bicicleta para trabalhar, e pedem que o raio máximo das entregas seja reduzido para evitar desgaste excessivo.

  • Transparência e melhorias nos bloqueios das contas: Muitos reclamam que, sem explicação, podem ter suas contas suspensas ou até banidas dos aplicativos.

Essas reivindicações refletem uma necessidade real da categoria. Afinal, são eles que garantem que nossas refeições cheguem até nós, e nada mais justo do que receberem um valor digno por isso.

Como o iFood Tem Respondido às Greves?

Sendo uma das maiores plataformas de delivery do Brasil, o iFood sempre está no centro dessas discussões. A empresa já fez algumas mudanças ao longo do tempo, tentando atender a parte das reivindicações. Eu lembro que, em 2023, o iFood divulgou uma nota dizendo que reconhecia as manifestações como legítimas e respeitava o direito dos entregadores de protestar.

Entre as medidas adotadas pela plataforma, algumas chamaram minha atenção:

  • Reajuste na taxa mínima: O iFood anunciou alguns aumentos na remuneração, mas os entregadores ainda acham insuficiente.

  • Investimentos em benefícios: A empresa diz que tem investido em seguros contra acidentes e programas de apoio ao entregador.

  • Criação de canais de comunicação: Para melhorar a relação com os entregadores, o iFood ampliou os canais de suporte e comunicação.

Apesar dessas mudanças, a insatisfação ainda existe, e as paralisações continuam acontecendo.

O Que Esperar do Futuro?

Com as greves ganhando mais força, o que eu percebo é que a discussão sobre os direitos dos entregadores de aplicativos não vai acabar tão cedo. O governo chegou a propor uma regulamentação para o setor, mas as negociações ainda estão em andamento.

Eu acho que o mais importante agora é garantir um diálogo aberto entre os entregadores e as plataformas. Afinal, sem esses profissionais, o delivery simplesmente não funcionaria. O caminho para uma solução justa pode ser longo, mas uma coisa é certa: os entregadores não vão desistir de lutar por melhores condições de trabalho.

imagens site: ifood